Inundações no norte da Itália deixam 11 mortos e cidades devastadas
O balanço de vítimas se eleva a onze mortos, nesta quinta-feira (18), na Emilia-Romagna, região do nordeste da Itália, onde as inundações deixaram localidades devastadas e milhares de plantações agrícolas afetadas.
Vários rios transbordaram nos arredores da Emilia-Romagna, onde vivem 4,5 milhões de pessoas, devido às chuvas torrenciais que caíram na região nos últimos dias, e que também provocaram deslizamentos de terra, segundo autoridades regionais.
Onze pessoas morreram, segundo um novo balanço apresentado na tarde desta quinta pelas autoridades, e mais de 10.000 pessoas tiveram de deixar suas casas.
Com "seis meses de chuva em 36 horas" e "precipitações recordes" durante duas semanas, "nenhum território consegue resistir", lamentou o presidente da região da Emilia-Romagna, Stefano Bonaccini.
A água cubriu imensas superfícies agrícolas destruindo as plantações, cidades inteiras sofreram com a passagem da lama, algumas pontes caíram e 400 estradas afundaram.
Os destroços poderiam custar milhões de euros, aos que se acrescentam 2 bilhões de euros (R$ 10,6 bilhões) pelas inundações ocorridas no começo do mês.
A chuva parou no meio da tarde de ontem, e os meteorologistas não preveem precipitações significativas nesta quinta-feira.
A prefeita de Ravena, Michele de Pascale, indicou, nesta quinta, que, ainda que habitantes de algumas localidades evacuadas pudessem voltar para suas casas, outros teriam que partir pela ameaça de rompimento de alguns diques de contenção.
Nos locais onde a água começava a baixar, os moradores limpavam casas e ruas cobertas de lama e entulho.
Para as autoridades e os especialistas, essas catástrofes serão habituais. "Nada será como antes, porque esse processo de tropicalização que sobe da África também afeta a Itália", advertiu o ministro de Proteção Civil, Nello Musumeci, na quarta-feira.
As inundações provocaram a anulação do Grande Prêmio de Fórmula 1 que estava previsto para o domingo na Emilia-Romagna.
O.Mallick--BD