Irlanda e República Tcheca comparecem às urnas para eleições europeias
Irlanda e República Tcheca protagonizam o capítulo desta sexta-feira (7) das eleições para renovar as autoridades da União Europeia (UE), uma votação que começou na quinta-feira nos Países Baixos e que pode concretizar o avanço da extrema-direita.
O primeiro-ministro irlandês, Simon Harris, foi um dos primeiros a votar na zona sul de Dublin. Durante o dia, ele pretende visitar diversos pontos da cidade para convencer os compatriotas a comparecer aos locais de votação.
Keith O'Reilly, 41 anos, que trabalha no setor de TI, disse que admira a energia do primeiro-ministro, embora não apoie o seu partido. "Eles estão errados em muitas coisas, incluindo a questão da migração".
A questão migratória virou um tema central da eleição na Irlanda, um país com elevado número de solicitantes de asilo e onde quase 20% da população vive no exterior.
Para o primeiro-ministro Harris, esta sexta-feira representa uma possibilidade para que seu partido Fine Gael (centro-direita) supere o principal partido da oposição, o Sinn Féin (centro-esquerda), já que as eleições europeias coincidem com as eleições locais.
No primeiro dia das eleições europeias, nos Países Baixos, as projeções indicam que Partido Pela Liberdade (PVV, extrema-direita), de Geert Wilders, ficou em segundo lugar, com sete vagas no Parlamento Europeu.
As projeções também apontam que a aliança dos Verdes com a centro-esquerda, liderada pelo ex-comissário europeu Frans Timmermans, terminará em primeiro lugar, com oito cadeiras.
Na República Tcheca, os locais de votação abrem as portas às 10H00 GMT (7H00 de Brasília).
As pesquisas no país mostram uma ausência de entusiasmo com as eleições europeias. O ex-primeiro-ministro Andrej Babis e o partido Aliança de Cidadãos Descontentes são os favoritos, à frente de uma coalizão conservadora.
As eleições europeias para os tchecos prosseguirão até sábado, dia em que a votação também acontecerá na Itália, Letônia, Malta e Eslováquia.
O principal dia da votação, no entanto, será o domingo (9), quando os demais países da UE comparecerão às urnas.
As pesquisas projetam um crescimento expressivo dos partidos de extrema-direita, que podem ocupar 25% das cadeiras no Parlamento Europeu, uma perspectiva que lança um manto de incerteza sobre o equilíbrio político dos próximos cinco anos.
O percentual é insuficiente para formar maioria, mas tornaria esta tendência um interlocutor inevitável para alcançar acordos importantes.
K.Williams--BD