Trump viaja a Washington para reconquistar congressistas republicanos
O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump retornou nesta quinta-feira (13) a Washington para tentar garantir o apoio dos congressistas republicanos e do setor empresarial após a sua histórica condenação criminal em Nova York por ocultar um pagamento a uma ex-atriz pornô para comprar o seu silêncio.
O candidato republicano, que pretende derrotar o presidente Joe Biden em novembro, se reunirá separadamente, a portas fechadas, com membros da Câmara de Representantes em um clube privado perto do Capitólio e com senadores na sua sede de campanha. Além disso, fará um discurso a dezenas de diretores e chefes de empresas.
Estas são as primeiras reuniões de Trump com congressistas no Capitólio desde que deixou a Casa Branca em 2021 e a sua primeira viagem a Washington desde que foi considerado culpado de 34 acusações de falsificação de registros contábeis no mês passado em Nova York.
As reuniões se concentrarão em "garantir a segurança na fronteira sul e cortar impostos das famílias trabalhadoras para restaurar a economia em expansão do primeiro mandato do presidente Trump", disse uma porta-voz da campanha à AFP.
Desde sua condenação, o Partido Republicano fechou fileiras em torno de Trump e vários congressistas apontaram, sem provas, que o sistema judiciário tem um viés contra os conservadores.
Os membros do partido na Câmara de Representantes enfrentam uma batalha difícil para defender a sua maioria na Câmara nas eleições de novembro. No Senado, esperam arrebatar a estreita maioria dos democratas.
Vários senadores centristas disseram que não compareceriam à reunião com Trump nesta quinta-feira, mas o líder da minoria, Mitch McConnell, que não se encontrou com Trump desde que o repreendeu pelo cerco de seus apoiadores ao Capitólio dos EUA em 2021, disse que estará presente.
- Convencer os empresários -
Trump sofreu impeachment acusado de incitar o ataque cometido por uma multidão de seus apoiadores, que invadiram o Capitólio com a missão de impedir a transferência pacífica de poder para Biden, que venceu o ex-magnata nas urnas por mais de 7 milhões de votos.
O republicano enfrenta processos judiciais federais e estaduais por seu suposto papel em uma conspiração para reverter sua derrota, que levou à insurreição.
A agenda desta quinta-feira não inclui os problemas jurídicos de Trump, embora o ex-presidente possa trazê-los à tona, convencido de que os democratas usam o sistema judicial contra ele.
O ex-presidente também pretende apresentar seus argumentos a favor de um papel maior para os empresários caso ganhe as eleições em uma reunião do grupo Washington Business Roundtable.
Os assessores de campanha de Trump dizem que a reunião abordará a reconstrução do "sonho americano" com cortes de impostos para a classe média, cortes "recordes" na regulamentação, comércio justo, criação de energia, inflação baixa, melhores salários e a restauração do Estado de Direito.
G.Luthra--BD