Candidato à presidência denuncia 'prisão arbitrária' de assistentes na Venezuela
Três opositores venezuelanos foram presos de forma arbitrária após organizarem um ato de campanha para as eleições de julho, denunciou neste sábado o candidato à presidência pela maior coalizão opositora do país, Edmundo González Urrutia.
“Gostaria de começar esta intervenção enviando uma mensagem de solidariedade aos três jovens que estão presos por terem nos acompanhado no ato de Maiquetía”, disse Urrutia durante um fórum em Caracas. “Eles estão desaparecidos desde ontem. É uma prisão injusta e arbitrária”, denunciou o diplomata, 74, referindo-se à sua visita no último dia 8 à cidade de Maiquetía, onde fica o principal aeroporto do país.
Os detidos trabalham no comando de campanha da líder opositora María Corina Machado e "estiveram envolvidos recentemente em um ato do candidato Edmundo González em Maiquetía”, publicou na rede social X o partido Vente. “Não se sabe onde e como eles estão", disse Urrutia.
A oposição denuncia uma perseguição política aos seus líderes e militantes antes das eleições presidenciais, nas quais o presidente Nicolás Maduro buscará o terceiro mandato consecutivo.
“É um desaparecimento forçado”, afirmou María Corina, que acompanhou Urrutia hoje em um fórum com estudantes universitários.
Os três últimos detidos ampliam para 13 o número de colaboradores de María Corina presos, enquanto outros seis, com mandados de prisão, refugiaram-se na residência da embaixada argentina.
O governo venezuelano, que não se pronunciou sobre as prisões, acusa a oposição de tramar planos conspiratórios contra Maduro.
Existem atualmente 278 presos políticos na Venezuela, segundo um balanço da ONG Fórum Penal.
N.Sabharwal--BD